A reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho hoje à tarde no Sindijor mostrou que a mobilização da categoria surtiu efeito. Pela primeira vez em 14 anos os representantes empresariais falaram em aumento real. Após sepultarmos na última reunião, na Aerp, o fantasma do piso reduzido no interior, demos mais um passo rumo às nossas reivindicações. Mas a proposta patronal veio muito abaixo das nossas expectativas e com sérios defeitos. Embora eles aceitem ampliar a licença maternidade para 180 dias, a proposta patronal exige, em troca do aumento acima da inflação, o congelamento do anuênio hoje a única forma de progressão salarial do jornalista na empresa, capaz de distinguir quem é iniciante e quem tem anos de casa.
O congelamento do anuênio representaria uma perda irrecuperável para a categoria, pois é virtualmente impossível que seja retomado no futuro. E o a aumento real que os patrões propõem de apenas 1%, ou de pouco mais de R$ 20 é muito abaixo dos 5,58% da nossa proposta original. E, se hoje não puseram na mesa piso reduzido, propuseram redução do adicional de hora extra, que, para eles, ficaria em escala progressiva, conforme o número de horas trabalhadas: 50%, na primeira hora além da quinta, 75%, na segunda, chegando a 100% - como é hoje para todos os casos apenas para quem estivesse trabalhando há oito horas. Seria a contrapartida para a elevação do adicional noturno de 20% para 25%. Sobre as cláusulas sociais propostas plano de saúde subsidiado, vale alimentação, estabilidade pré-aposentadoria de cinco anos e aumento dos comissionamentos nenhuma palavra. Não há dúvida: apesar dos "bodes" colocados na sala e do silêncio sobre as cláusulas sociais, há avanços inegáveis nesta proposta patronal. É o indicativo de que a mobilização da categoria deu resultados e de que é preciso lutar por mais.
Para melhorar a proposta patronal, vamos intensificar nossa mobilização. Temos que brigar por um aumento real maior e pelas propostas sociais. Para isso, o Sindijor terá uma série de atividades nos próximos dias. Durante essa semana, haverá visita às redações. Na quinta-feira, vamos fazer da entrega do Prêmio Sangue Bom, no Espaço Cultural dos Bancários, às 20h, um ato em defesa das nossas conquistas e pela luta por mais direitos, especialmente por aumento real. No dia 4, haverá sessões da assembleia (que está em caráter permanente) em Curitiba e no interior. Em Curitiba, haverá sessões às 11h, 13h30 e 19h30. Será ocasião de fortalecermos nossas posições para chegarmos unidos na luta por nossos direitos na negociação com os patrões, que acontece às 10h, do dia 5 de novembro, na sede do Sindijor. Aumento real já!
(Sindijor)
Conversa fiada desses patrões, pois oferecem somente 1% de aumento real e ainda querem congelamento do anuênio; se cedermos, ano que vem eles vão negar aumento e pedir fim do anuênio.
ResponderExcluirNovamente querem baixar percentual da hora extra e ignoram as cláusulas sociais. Por isso não vejo nenhum avanço, é preciso continuar a mobilização.
Douglas Furiatti