Quatro meses e meio depois de vencida a data base da categoria, finalmente na tarde de hoje (15), os jornalistas do Paraná já têm uma perspectiva de reposição integral da inflação e um pequeno aumento real. Em reunião de negociação realizada na sede do Sindicato patronal de Jornais e Revistas (Sindejor), os empresários aceitaram a posição decidida pela categoria na assembleia de janeiro, a qual estabeleceu reposição da inflação de 7,30% (INPC/IBGE) e aumento real de 0,70%, fechando o índice de 8% para todos os trabalhadores jornalistas do Estado.
No início da reunião, os empresários admitiram que a proposta de um limitador do aumento real para os jornalistas que ganham acima de R$ 3 mil (três mil reais) foi mal elaborada. Ainda tentaram insistir na tese, mas a bancada de trabalhadores fincou pé na posição de apenas aceitar os 8% de maneira linear para todos os jornalistas do Paraná.
Os patrões ainda queriam incluir a cláusula de redução de direitos, abrindo uma porta para negociações que reduziriam o estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Mas a posição firme dos Sindicatos de Trabalhadores foi respeitada pela bancada empresarial presente ao encontro.
Olho vivo no contracheque
Diante da data do mês e para viabilizar a negociação, foi acordado que a reposição dos valores atrasados se dará em duas parcelas, a serem pagas nos salários dos meses de março e abril. Portanto, os jornalistas precisam estar atentos aos seus holeriths, denunciando ao Sindijor-PR e ao Sindicato de Londrina possíveis atrasos, pois o desrespeito à CCT é passível de ação imediata por parte dos trabalhadores e de seus representantes.
É o que está acontecendo, por exemplo, com os jornalistas das empresas CGN e CATVE, de Cascavel, que até hoje aguardam o retroativo da CCT/2010-2011, e as empresas respondem na Justiça do Trabalho por ações movidas pelo Sindijor-PR para que esses trabalhadores percebam o que lhes é devido.
(SINDIJOR)
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